“Coloco-me diante de toda a nação neste dia como o dia em que o povo se começou a libertar do socialismo, a libertar-se da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”, disse Bolsonaro perante milhares de apoiantes e ladeado pela sua mulher e por uma intérprete de língua gestual.
“As eleições deram voz a quem não era ouvido, a voz da rua e das urnas foi muito clara”, disse o novo Presidente num discurso em que, no final, levantou uma bandeira do Brasil e disse: “Esta é a nossa bandeira, jamais será vermelha, e daremos o nosso sangue para mantê-la verde e amarela”.
Antes de cumprimentar os 11 chefes de Estado que foram assistir em Brasília à sua tomada de posse, entre os quais os presidentes de Cabo Verde e Portugal, após ter recebido a faixa presidencial no Palácio do Planalto, Bolsonaro prometeu “promover as transformações” de que o Brasil precisa e lembrou que o Brasil tem “recursos naturais abundantes e terras férteis abençoadas”.
Num discurso menos institucional e mais virado para a base de apoio que o escutava, Bolsonaro disse ter conseguido montar um governo “sem conchavos ou acertos políticos”, destacando os “ministros técnicos e capazes” que escolheu no final de uma campanha que disse ser “a mais barata da história”.
Falando directamente para os apoiantes, Bolsonaro disse: “podemos, eu, você, as nossas famílias, todos juntos restabelecer padrões éticos e morais que transformarão o nosso Brasil”.
A corrupção, os privilégios e as vantagens “precisam de acabar, os favores politizados devem ficar no passado, par que o Governo e a economia sirvam de verdade toda a nação”, vincou o chefe de Estado do Brasil, vincando que tudo o que o Governo vai fazer “a partir de agora tem um propósitos comum e inegociável”, que é colocar “os interesses dos brasileiros em primeiro lugar”.
Bolsonaro prometeu ainda “fazer reformas, ampliar infraestruturas, simplificar a burocracia, tirar o peso do Governo, acabar com a ideologia que criminaliza os polícias e desculpa os criminosos, e que levou o Brasil a viver elevados índices de violência e crime organizado”.
Jair Messias Bolsonaro tomou hoje posse como 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com um mandato que vai até 31 de Dezembro de 2022.