A União Africana, principal bloco político do continente africano e composta por 55 países membros, enviou ao governo venezuelano uma mensagem de apoio e solidariedade ao povo venezuelano e a Nicolás Maduro que reconhece como presidente daquele país sul-americano.
O comunicado foi entregue pelo vice-presidente da União Africana, Thomas Kwesi Quartey, ao embaixador da Venezuela na Etiópia, Modesto Ruiz.
Segundo o site Brasil 247, além do apoio diplomático demonstrado pela União Africana, também houve manifestações populares nas ruas de alguns países da África em apoio ao povo venezuelano e “ao governo legítimo de Maduro”, como na Namíbia e no Mali, organizados pelos movimentos populares locais.
“A imprensa imperialista tenta a todo o custo passar a impressão de que o governo de Maduro está isolado internacionalmente e que os únicos apoios que recebe são de Rússia e China. Obviamente, esses são os dois principais apoios, mas muitos outros países reconhecem Maduro como presidente da Venezuela”, escreve aquele jornal online destacando ainda o apoio manifestado por países como Turquia, Índia, Irã, Cuba, etc.
A posse do presidente Nicolás Maduro, no início de Janeiro, para o exercício de seu segundo mandato como presidente da Venezuela contou com a presença de delegações internacionais de 94 países e ainda organismos internacionais, entre estes a ONU e suas agências, a Organização da Unidade Africana (OUA) e a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).
Entretanto, o presidente norte-americano, Donald Trump, reafirmou, em entrevista divulgada domingo, que o recurso ao exército dos Estados Unidos na Venezuela é “uma opção” face à crise política que abala o país.
Por sua vez, o Parlamento Europeu reconheceu Juan Guaidó - líder da Assembleia Nacional que há uma semana se autoproclamou Presidente da República interino - como o “Presidente interino legítimo” da Venezuela e exortou a União Europeia (UE) e os seus Estados-membros a assumirem uma posição semelhante, enquanto não for possível convocar eleições presidenciais. A resolução estriba-se no entendimento de que “Nicolás Maduro usurpou, de forma ilegítima, o poder presidencial”.