O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, que convocou a cimeira, disse no sábado na Abertura da Cimeira da Acção Climática para a Juventude, associada à reunião de líderes políticos de hoje, que existe um “conflito sério entre pessoas e natureza” e acrescentou que o mundo precisa de um novo modelo de desenvolvimento, ligado às alterações climáticas, que garanta justiça e igualdade entre as pessoas, mas também uma relação boa entre a população e o planeta.
De acordo com António Guterres a Cimeira de Acção Climática de hoje, convocada para aproveitar a presença dos líderes que vão participar na Assembleia-geral da ONU, que começa na terça-feira, não vai produzir todas as soluções, mas pretende ser um ponto de inflexão e dar uma nova dinâmica e “impulso aprimorado” ao combate às alterações climáticas para que seja alcançado o objectivo de reduzir as emissões globais de gases com efeito estufa em 45% nos próximos dez anos e alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
O secretário-geral da ONU sublinhou também que a Cimeira de Acção Climática pretende incluir a discussão de medidas mais drásticas para combater as alterações climáticas, como o fim de subsídios no uso de combustíveis fósseis e o aumento do preço a pagar pelas emissões de carbono.
A Cimeira da Acção Climática foi precedida no fim de semana pela Cimeira da Juventude, onde o debate foi conduzido por jovens activistas como a adolescente sueca Greta Thunberg, que lançou o movimento “Greve Mundial pelo Clima” para denunciar a inacção dos políticos em questões ambientais e para exigir medidas concretas e urgentes de redução de emissões de gases com efeito de estufa e de combate e mitigação das alterações climáticas.
No seu discurso no sábado, Guterres sublinhou que os conflitos políticos e geográficos acontecem há milhares de anos, mas a novidade é que as populações estão em conflito com o planeta e as consequências estão a atingir os mais vulneráveis.