Mais de mil migrantes já morreram no Mediterrâneo em 2019

PorExpresso das Ilhas, ONU News,2 out 2019 8:51

Centro de migrantes, Lesbos
Centro de migrantes, Lesbos(ACNUR)

​Pelo menos mil migrantes já morreram em 2019 a tentar atravessar o Mediterrâneo, marcando o sexto ano em que isso acontece. Desde 2014, mais de 15 mil pessoas perderam a vida durante a travessia.

A informação foi confirmada pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). A agência confirmou a morte de 994 pessoas e está a verificar relatos de 40 vítimas fatais num naufrágio na costa de Marrocos, no último fim-de-semana.

Em nota, o porta-voz da OIM, Leonard Doyle, disse que “durante uma onda crescente de anti-migração na política de todo o mundo, esse número chocante deve-se, em certa medida, a uma atitude de hostilidade total a migrantes que fogem da violência e da pobreza.”

Para o porta-voz, “essa carnificina no mar” deve envergonhar todas as pessoas.

Apesar de trágicos, a OIM aponta que os números são os mais baixos desde 2014. A agência diz que os registos caíram porque menos pessoas tentam atravessar, não porque o trajecto esteja mais seguro.

A travessia do Mar Mediterrâneo continua sendo a rota de migração mais mortal no mundo. Segundo a OIM, “alternativas seguras são urgentemente necessárias para os migrantes que buscam uma vida melhor.”

Também esta terça-feira, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu que a Grécia faça a transferência de milhares de migrantes das ilhas Egeias para locais mais seguros.

Segundo a agência, estes migrantes estão em “centros de recepção superlotados.” Em Setembro, as ilhas receberam 10,258 novos migrantes, especialmente de famílias afegãs e sírias. Este é o maior número desde 2016.

Em 2019, a Grécia registou a maior parte das chegadas na região do Mediterrâneo. De um total de 77,4 mil migrantes, o país acolheu 45,6 mil pessoas, mais do que Espanha, Itália, Malta e Chipre juntos.

Nesse momento, mais de 30 mil migrantes vivem nas ilhas gregas. Para o Acnur, “o apoio da União Europeia é crucial.”

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Autoria:Expresso das Ilhas, ONU News,2 out 2019 8:51

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  19 jun 2020 23:20

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