A OOAS refere em específico o caso suspeito de um passageiro que chegou ao aeroporto de Abidjan (Côte d’Ivoire), esclarecendo que os resultados dos exames deram negativo.
O comunicado foi emitido após a Organização Mundial da Saúde ter, na passada quinta-feira (30), declarado a epidemia como emergência de saúde pública internacional, face à rápida de propagação do vírus.
No seu comunicado, a OOAS informa que o reajustamento do nível de risco de "moderado" para "alto", incluí também a África Ocidental e aconselha a população da região a manter-se vigilante.
A Organização oeste-africana relembrou que o “período de incubação da infecção por coronavírus, durante o qual uma pessoa pode ser infectada, mas não apresenta sintomas, pode ser de até 14 dias.”
Assim, exorta os Estados-Membros “a continuar a trabalhar juntos para rastrear passageiros internacionais, isolar, testar e monitorar qualquer pessoa suspeita e procurar o rastreamento dos seus contactos.”
A organização garante que está em coordenação com os Estados membros por forma a “compartilhar informações sobre a epidemia em tempo real, melhorar a comunicação entre países e garantir capacidades de vigilância nos aeroportos dos países”.
Um maior atenção é entretanto dada aos aeroportos internacionais da região que hospedam vôos directos da China.
Actualmente, e em colaboração com o Centro Africano de Controle de Doenças (CDC), o número de laboratórios regionais de referência dedicados ao diagnóstico de coronavírus aumentou de dois para cinco, informa ainda a OOAS.
A 1 de Fevereiro, data do comunicado, havia 11.953 casos confirmados no mundo, sendo 11.821 na China e 132 em 23 outros países. Hoje, passados dois dias, a contagem da OMS apontava para 17.205 casos em toda a China. O número de mortes aumentou também, sendo que se registou este fim-de-semana a primeira morte fora da China. A vítima mortal, um chinês de 44 anos, faleceu nas Filipinas. No total já, pelo menos, 362 morreram devido ao novo coronavírus, quase todas na província de Hubei, da qual Wuhan, cidade onde a epidemia começou, é a capital.
O número de mortes já excedeu o da pneumonia atípica na China, com Pequim a reconhecer a necessidade de ajuda à escala mundial para responder à crise.
A epidemia da pneumonia atípica, ou síndrome respiratória aguda grave (SARS), que afectou a China continental em 2002/2003 matou, então, 349 pessoas só nesse país. No global. morreram 774 pessoas.