"A CEDEAO está a trabalhar para complementar a sua intervenção como parte de um Plano de Assistência Estatal de Curto e Médio Prazo" aos seus estados-membros, lê-se num comunicado emitido hoje pela organização.
O plano inclui, de acordo com a mesma nota, assistência humanitária e apoio à recuperação económica dos estados-membros.
No último domingo, 05 de Abril, os 15 estados-membros daquela organização registavam 1.739 casos confirmados de infecção por COVID-19, 55 mortes provocadas pela pandemia e 328 pessoas recuperadas, informa ainda a organização, salientando que 95% das pessoas que faleceram com COVID-19 eram pacientes já com outros problemas de saúde.
A CEDEAO reafirma "a sua solidariedade com os Estados-membros e congratula-se com todas as medidas já tomadas até agora para conter a crise da pandemia e com os cuidados prestados aos doentes" e afirma que continua "comprometida em apoiar" todos na luta contra a pandemia.
Assim, adianta que a Organização de Saúde da África Ocidental, a entidade para a área da saúde responsável pela coordenação da resposta a nível regional, "elaborou um Plano Estratégico Regional com todos os Estados-Membros".
Além disso, "para resolver o problema, a CEDEAO disponibilizou imediatamente apoio financeiro, a partir de seus próprios recursos, além da assistência de parceiros internacionais, para a compra de medicamentos e equipamentos médicos essenciais à luta contra a pandemia”.
De acordo com o comunicado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já comprou e despachou para os 15 estados-membros 30.500 kits de teste de diagnóstico, 10.000 equipamentos de protecção individual (EPI) (macacão, avental, bata, luvas, óculos, botas), 740.000 comprimidos de prescrição (cloroquina e azitromicina).
Além desta ajuda, foram feitos pedidos de compra para os estados-membros, de 240.000 kits de diagnóstico, 240.000 kits de extracção; 250.000 equipamentos de transporte de amostras virais, 285.100 equipamentos de protecção individual (EPI), além de 268.1000 máscaras para pessoal médico, 120 ventiladores e vários milhares de litros de álcool, gel e desinfectantes.
A organização sub-regional também está a trabalhar "em estreita colaboração com os serviços especializados dos estados-membros, disponibilizando pessoal e equipamento de vigilância epidemiológica e de recolha de dados", no sentido de reforçar a capacidade dos laboratórios de referência e de treinar pessoal técnico, adianta a nota.
Além disso, as estruturas "continuam a mobilizar recursos internos e externos, com vista a aumentar a disponibilidade de materiais e equipamentos médicos necessários para prevenir, monitorar e combater a pandemia", acrescenta.
A CEDEAO tem como estados-membros Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 250 mil são considerados curados.
O número de mortes devido à COVID-19 em África subiu para 442 nas últimas horas num universo 9.457 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente actualização dos dados da pandemia no continente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC Africa).