Num comunicado divulgado esta terça-feira, a organização regional assinala que a propagação do novo coronavírus, responsável pela pandemia de COVID-19, “continua a ser uma fonte de preocupação”.
A organização adoptou várias medidas, “conforme as directivas do Governo Federal da Nigéria”, incluindo o encerramento de “todos os escritórios da CEDEAO em Abuja e Lagos”, entre 31 de Março e 13 de Abril, ordenando também que os seus funcionários nas duas cidades devem “permanecer em casa e trabalhar a partir de casa durante este período” e que devem “seguir as orientações emitidas” pelas autoridades nigerianas.
Abuja, capital federal, e Lagos, uma das maiores cidades africanas, albergam várias estruturas fundamentais da CEDEAO, incluindo a sede da organização regional, o seu parlamento e o Tribunal de Justiça.
“Estamos fortemente empenhados em monitorizar a situação a nível regional e em manter as pessoas informadas sobre a sua evolução”, refere o comunicado, assinado pelo presidente da comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou.
No domingo, o Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, ordenou o confinamento total das populações de Abuja e Lagos por duas semanas, assim como o encerramento total de todos os negócios e lojas nas duas cidades durante o mesmo período.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infectou mais de 803 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 40 mil.
O número de mortes em África subiu para 173, com os casos confirmados a ultrapassarem os 5.000 em 49 países, de acordo com as mais recentes estatísticas sobre a doença no continente.
Segundo dados da União Africana, a Nigéria conta com 131 casos de infecção, dos quais resultaram pelo menos duas mortes e três recuperações.
Além de Cabo Verde e Guiné-Bissau, a CEDEAO integra também o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.