O sítio foi aberto ao público em 537 como uma igreja cristã-ortodoxa.
A mudança foi informada pelo presidente do país, Recep Tayyip Erdogan,num comunicado divulgado na rede social Twitter, após um tribunal turco ter anulado o estatuto de museu deste património.
Em comunicado a directora-geral da agência, Audrey Azoulay, expressou “sérias preocupações” ao embaixador da Turquia junto à UNESCO, nesta sexta-feira, e afirmou que a decisão foi tomada sem qualquer discussão.
O presidente Erdogan já tinha prometido obter a conversão do sítio para uma mesquita, várias vezes, perante as reservas da UNESCO que enviou cartas às autoridades turcas, a lembrar das obrigações e compromissos legais assumidos com a agência, ao ser incluído na lista de Patrimónios Históricos Mundiais.
Recorda-se que uma das obrigações do país que abriga patrimónios mundiais é dar um aviso prévio à UNESCO sobre qualquer alteração de status, para que o tema seja levado à Comissão de Patrimónios e analisado pela agência.
Hagia Sophia é, segundo a UNESCO, uma obra de arte arquitectónica e que preserva um testemunho único das interacções culturais entre Europa e Ásia através de centenas de anos.
A directora da agência da ONU exortou a Turquia a iniciar um diálogo, “sem demoras”, para evitar qualquer detrimento do valor universal do Hagia Sophia e do seu estado de conservação, que deverá ser examinado agora pela Comissão do Património Mundial na próxima sessão.