O anúncio da retoma da imunização contra o novo coronavírus usando a vacina de uma só dose Johnson & Johnson foi feito em comunicado conjunto do CDC e da Administração para Alimentos e Medicamentos (FDA).
Em linha com a recomendação dos peritos, as duas agências governamentais sustentam que o benefício do uso da vacina supera os riscos da sua administração, ligados a casos muito raros de coágulos sanguíneos, que levaram à suspensão do seu uso há 11 dias.
Entre quase oito milhões de pessoas vacinadas com Johnson & Johnson, antes da suspensão do uso da vacina, as autoridades de saúde identificaram 15 casos de um tipo raro de coágulo de sangue, três deles fatais.
Todos os casos deram-se em mulheres, a maioria com menos de 50 anos.
A decisão hoje divulgada pelos conselheiros do CDC refere que é fundamental que mulheres mais jovens sejam informadas sobre esse risco, em termos claros e compreensíveis, para que possam decidir se preferem escolher uma vacina alternativa.
O painel aprovou com 10 votos a favor e quatro contra a suspensão da interrupção do uso da injeção em causa, sem restrições de idade.
No início da semana, os reguladores europeus tomaram decisão semelhante, decidindo que o reduzido risco de coágulos não era impeditivo do uso da injeção Johnson & Johnson.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.073.969 mortos no mundo, resultantes de mais de 144,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.957 pessoas dos 833.397 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.