No último triénio, cerca de 1 milhão de crianças nasceram fora das nações de origem. Por esse motivo, o apelo aos políticos é que façam mais para prevenir e resolver conflitos e crises.
Em mensagem sobre a data, o secretário-geral António Guterres lembra que fora de casa os refugiados têm de começar as suas vidas do zero. Ele destaca as maiores carências do grupo em tempos de crise de saúde.
Guterres sublinha que a pandemia acabou com os meios de subsistência dos refugiados, levou à estigmatização e difamação e expô-los de forma desproporcional ao vírus. Mas, ao mesmo tempo, realça que eles demonstraram sua contribuição inestimável para as sociedades adotivas como trabalhadores essenciais e da linha da frente.
O chefe da ONU pediu ainda que haja maior apoio ao grupo para que possa reconstruir a vida num momento marcado pela Covid-19.
Pelo Dia Mundial do Refugiado, Guterres elogia os países que acolheram refugiados. Mas diz ser preciso mais apoio de setores como Estados, setor privado, comunidades e indivíduos para a caminhada conjunta em direção a um futuro mais inclusivo e livre de discriminação. O chefe da ONU afirma ter tido contato de refugiados que mostraram o significado de reconstruir a própria vida e, ao mesmo tempo, reunir forças para enriquecer outras pessoas.
Antes de exercer as atuais funções, Guterres foi alto comissário para refugiados por uma década na qual disse terem sido inspirado pela coragem, resiliência e determinação.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, destaca o dever de se proteger as pessoas independentemente de sua raça, nacionalidade, crenças ou outras características.
Mas aponta ainda que é preciso falar abertamente e combater a injustiça no lugar de incentivar divisões, o ódio e avançar com soluções pragmáticas e duradouras para as crises, em vez de culpar os outros ou difamar as vítimas.