Trump quer evitar que o Arquivo Nacional dos Estados Unidos - que detém a custódia desses documentos - os possa entregar à comissão do Congresso que está a investigar a invasão do Capitólio.
O conteúdo exacto desses documentos é desconhecido -- supondo-se que sejam mensagens de correio eletrónico, rascunhos de discursos e registos de visitas -- mas a comissão da Câmara de Representantes acredita que podem revelar o que exactamente aconteceu na Casa Branca durante o ataque ao Capitólio.
Há duas semanas, um tribunal federal de recurso decidiu contra as intenções de Trump, mas, ainda assim, proibiu que os documentos do Arquivo Nacional fossem entregues ao Congresso sem que o Supremo Tribunal se pronunciasse sobre o tema.
Trump alega agora que, como ex-Presidente, tem o direito de reivindicar privilégios executivos sobre esses documentos, alegando que a sua divulgação prejudicará a presidência dos Estados Unidos no futuro.
Contudo, o actual Presidente, Joe Biden, já determinou que os documentos são de interesse público e que o privilégio executivo não deve ser invocado.
A comissão de investigação do Congresso já disse que estes documentos são fundamentais para compreender o que aconteceu no ataque ao Capitólio, em que apoiantes de Trump procuraram interromper a validação dos resultados das eleições presidenciais de 2020, que deram a vitória a Biden.