"Planeamos disputar as novas eleições no Brasil", disse o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) brasileiro, na Cidade do México, onde participou num evento do partido Movimento de Regeneração Nacional (Morena, no poder) mexicano.
Lula da Silva lidera todas as sondagens de intenções de voto para as presidenciais de Outubro, divulgadas no Brasil.
O político garantiu que, se o Partido dos Trabalhadores vencer as eleições, "não vai abdicar de bens que foram adquiridos pelo povo".
O antigo sindicalista foi eleito Presidente do Brasil em 2002 e reeleito em 2006. A sucessora foi a, até ali, chefe de Casa Civil, Dilma Rousseff, que liderou o país até 2016, quando foi afastada por irregularidades fiscais.
"Em 13 anos fizemos o que a elite brasileira não conseguiu fazer em um século de inclusão social", disse Lula da Silva, considerando que a América Latina precisa de uma nova governança, como aconteceu no México.
"Posso dizer que hoje (quarta-feira) vim ao México para aprender com vocês, como é possível que com muita vontade e tenacidade a história de um país possa mudar", disse.
O trabalho do Morena é "de extraordinária grandeza que pode levar algum tempo para que todos entendam que uma revolução política está a acontecer", salientou.
Lula apontou semelhanças entre o governo do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e os ideais do PT, como a atenção às causas dos mais pobres e o trabalho pelo povo.
O juiz Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro suspendeu na quarta-feira a última acção penal contra Lula da Silva, no âmbito da operação Lava Jato.