“A Guiné-Bissau acaba de fazer história. Pela primeira vez, pela mão de Sua Excelência o Presidente da República, general Umaro Sissoco Embaló, o nosso país conquista a presidência em exercício da CEDEAO”, pode ler-se no comunicado da presidência guineense.
“A Guiné-Bissau consegue assim um feito inédito, graças à indiscutível magistratura de influência do Presidente da República. Desde a criação da CEDEAO em 1975, jamais um país lusófono presidiu esta organização”, sublinha a mesma fonte. Além da Guiné-Bissau também Cabo Verde integra a CEDEAO.
“O Presidente Umaro Sissoco Embaló terá agora em mãos os dossiês sobre a crise política na sub-região, sobretudo no Mali, Burkina Faso e Guiné-Conacri, mas também desafios da segurança, caso da vaga de terrorismos. Terá ainda por tarefa concluir a implementação das reformas em todas instituições da CEDEAO”, acrescenta o comunicado.
Cimeira da CEDEAO alerta para ameaça terrorista na região
A 61.ª Cimeira Ordinária está centrada no alerta de ameaça de terrorismo jihadista na região e nas sanções contra a Guiné-Conacri, Burkina Faso e Mali.
O território dos 15 países continua a ser "alvo de ataques terroristas indiscriminados e bárbaros" que matam muitas vítimas inocentes, disse Nana Akufo-Addo, chefe de Estado do Gana, no discurso de abertura.
"Esses ataques terroristas agora não estão apenas concentrados no Sahel (região), mas também estão a estender-se às áreas costeiras da nossa região", acrescentou, pedindo um minuto de silêncio para as vítimas do jihadismo.
Por essa razão, disse que "é imperativo” continuar “a implementar o plano de acção regional contra o terrorismo e coordenar as suas várias iniciativas de segurança", acrescentando que a CEDEAO “continua empenhada em acompanhar as nações do bloco no regresso à ordem constitucional democrática”.
No último ano e meio, a região da África Ocidental teve quatro golpes, os dois no Mali (Agosto de 2020 e Maio de 2021), um na Guiné-Conacri (Setembro de 2021) e outro no Burkina Faso (Janeiro de 2022).