A Comissão de Ética da Câmara dos Representantes não adiantou a razão da investigação incidente sobre a congressista eleita por uma circunscrição nova-iorquina desde 2019, que se tornou um símbolo da ala esquerda dos democratas.
Em comunicado, a comissão explicou que uma entidade independente designada Serviço de Ética do Congresso (OCE, na sigla em Inglês) remeteu-lhe em Junho as suas investigações sobre Ocasio-Cortez.
A comissão anunciou na quarta-feira que ia estender o alcance da investigação, para o que teve de revelar a existência da mesma.
O início de um processo destes não significa de forma alguma que Ocasio-Cortez tenha violado qualquer norma, acentuou a comissão, no seu texto.
Mais informou que qualquer acção vai ficar adiada até à tomada de posse, em Janeiro, dos congressistas eleitos ou reeleitos nas eleições legislativas intercalares de Novembro último.
Nestas eleições, os republicanos ganharam a maioria da Câmara dos Representantes, o que pode implicar que a investigação ganhe tons partidários, uma vez que a ala ultra-direitista dos republicanos tem uma aversão muito forte por Ocasio-Cortez, também conhecida pelas suas iniciais, AOC.
Uma porta-voz da congressista disse a meios locais que Ocasio-Cortez sempre levou as regras "incrivelmente a sério" e recordou que sempre recusou donativos de empresas e grupos de interesse para as suas campanhas.
"Estamos seguros que este assunto vai ser encerrado", acrescentou.
A comissão que anunciou hoje a investigação é controlada pelos democratas, o que levantou muitas questões sobre a razão da investigação a Ocasio-Cortez.