Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 31 países que integram a Aliança Atlântica reuniram-se hoje e quarta-feira em Oslo, na Noruega, para um encontro informal com o propósito de alinhavar detalhes para a cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) nos dias 11 e 12 de julho, em Vilnius, na Lituânia.
Em conferência de imprensa depois da reunião, o secretário-geral insistiu que os Estados-membros têm de consensualizar o investimento de pelo menos 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na Defesa.
Portugal foi o 9.º Estado-membro da organização que menos percentagem do PIB dedicou à Defesa em 2022, embora se tenha aproximado ligeiramente da meta de 2% proposta pela NATO (1,38%) e preveja aumentar a despesa para 1,66% este ano - um objetivo que estava inicialmente traçado para 2024 -- e atingir os 2% até ao final da década.
A Ucrânia faz parte de todas as discussões da NATO desde o início da invasão da Federação Russa no final de fevereiro de 2022 e este encontro informal na capital norueguesa não foi uma exceção.
Os chefes da diplomacia da NATO discutiram hoje possíveis garantias de segurança para a Ucrânia que evitem no futuro conflitos como a atual invasão russa no país.
"Não sabemos quando é que a guerra vai acabar, mas quando acabar precisamos de fazer os possíveis para assegurar, com acordos credíveis, que a segurança da Ucrânia no futuro e romper com o ciclo de agressões da Rússia", comentou Stoltenberg, aludindo não só à invasão de 24 de fevereiro do ano passado, mas também à anexação da península ucraniana da Crimeia, em 2014, e a outros momentos de tensão entre os dois países que pertenceram à União Soviética.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem insistido frequentemente na importância de o país aderir à Aliança.
Ainda hoje, a propósito da reunião da Comunidade Política Europeia, em Bulboaca, na Moldova, Zelensky apelou a um "convite claro" da adesão à NATO na cimeira de julho.
"Tem havido um bom debate sobre todas essas questões e estou confiante de que chegaremos a um consenso em Vilnius", respondeu Jens Stoltenberg depois de ser questionado sobre a exigência de países como a Polónia e França de um calendário para a adesão da Ucrânia.
Apesar de não haver "poder de veto da Rússia" nesta questão, o secretário-geral da NATO recordou que antes de se falar numa adesão concreta é necessário acabar com a guerra e garantir que as tropas russas abandonam os territórios que ocuparam.
Também em Oslo, os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO pediram a conclusão do processo de adesão da Suécia à organização transatlântica, pendente de ratificação por parte da Turquia e da Hungria.
Stoltenberg disse hoje em Oslo que vai deslocar-se à Turquia "em breve" para desbloquear os "últimos obstáculos" sobre a adesão da Suécia à Aliança Atlântica.