NATO: Países do G7 ultimam pacote de garantias de segurança para Ucrânia

PorExpresso das Ilhas, Lusa,12 jul 2023 10:20

Os países do G7 estão a finalizar um acordo para dar garantias de segurança à Ucrânia, para que o país se possa defender de futuras agressões russas até se tornar membro da NATO, anunciou hoje fonte oficial norte-americana.

Segundo o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, que falava num fórum à margem da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO); em Vílnius, trata-se de um sinal de apoio que virá depois de os membros da Aliança Atlântica terem manifestado apoio unânime à adesão da Ucrânia.

"Os Estados Unidos e muitos outros aliados e parceiros vão lançar hoje um processo para dar à Ucrânia os compromissos de segurança a longo prazo em termos de assistência militar, económica e outros instrumentos necessários para enfrentar a agressão russa e impedir futuras agressões russas", afirmou Sullivan.

Por seu lado, o Governo britânico indicou que o Reino Unido espera chegar a um acordo no G7 para "um novo quadro para garantir a segurança a longo prazo da Ucrânia", de acordo com uma declaração sobre a agenda do primeiro-ministro, Rishi Sunak.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco, que também está representado no G7, se vai "comprometer com a segurança a longo prazo da Ucrânia e a prosperidade económica no seio da comunidade euro-atlântica".

"Continuaremos a apoiar a resistência económica da Ucrânia para que possa enfrentar a agressão da Rússia", acrescentou.

A decisão do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) foi já comentada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que advertiu que a concessão de garantias de segurança à Ucrânia "compromete a segurança da Rússia".

"Ao dar garantias de segurança à Ucrânia, [o G7] está a minar a segurança da Rússia", avisou Peskov.

À chegada à reunião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que irá discutir com os líderes da NATO as garantias de segurança para a Ucrânia no seu caminho para a NATO, depois de os líderes aliados terem expressado, na terça-feira, um apoio unânime à adesão da Ucrânia, definindo uma "direção clara" para a sua futura entrada, uma vez terminada a invasão russa.

Alguns membros da NATO estão a negociar este tipo de acordos, uma vez que os aliados entendem que não cabe à organização militar fornecer essas garantias, que no léxico da aliança correspondem à cláusula de defesa mútua do artigo 5.º do Tratado de Washington.

Neste contexto, Zelensky encontrou-se com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, a quem agradeceu o seu apoio "desde o início da agressão russa" e a recente visita a Kiev.

"Podemos contar plenamente convosco. Estamos a lutar por valores comuns. Estou muito grato pelo apoio do vosso governo e estou satisfeito por termos falado hoje", disse o presidente ucraniano.

O presidente ucraniano sublinhou que o país precisa da assistência canadiana e que "não existe outra opção que não seja a adesão da Ucrânia à NATO", salientando a importância das garantias de segurança oferecidas por Trudeau.

O presidente do Parlamento Europeu anunciou também um acordo com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para o envio de mais sistemas de defesa 'Patriot', que descreveu como "muito importantes para proteger as vidas dos ucranianos do terrorismo russo".

"Voltámos a falar de garantias de segurança para a Ucrânia no caminho para a NATO", disse, antes de agradecer ao governo alemão o seu "apoio a longo prazo".

"Os programas de assistência a longo prazo são o melhor sinal para qualquer pessoa no mundo de que a Europa continuará a ser um lugar de paz e segurança", afirmou Zelensky, numa mensagem enviada através da rede social Telegram.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,12 jul 2023 10:20

Editado porSara Almeida  em  7 abr 2024 23:28

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