Dos presos, 16 foram detidos em Telavive, 15 na zona centro do país, oito em Jerusalém e três na costa mediterrânea, disse um porta-voz da polícia, numa contagem até às 11h00 locais (06h00 em Cabo Verde).
"A Polícia de Israel continuará a permitir a liberdade de expressão e protesto dentro dos limites da lei, mas não permitirá a violação da ordem pública, a violação das regras de trânsito e o risco para todos os utilizadores da estrada", afirmou.
Milhares de manifestantes contra a reforma judicial ocuparam as principais rodovias de Israel, cortando o acesso a grandes cidades como Telavive, Jerusalém e Haifa, num novo dia de protestos em todo o país.
Esta nova "jornada de resistência" foi convocada depois de o parlamento israelita ter aprovado, esta madrugada, um projecto de lei que elimina a doutrina da razoabilidade, que permite ao Supremo Tribunal rever e revogar decisões do governo avaliando se são, ou não, razoáveis, um dos pilares da reforma judicial.
Os líderes dos protestos -- um movimento que junta pessoas de múltiplos sectores, desde a área da tecnologia, a universitários, passando por reservistas -- apelaram aos cidadãos que se juntassem para "salvaguardar a democracia israelita".
A polícia já dispersou alguns manifestantes desde o início da manhã, mas cerca de mil pessoas continuam a bloquear partes da estrada que liga Jerusalém a Telavive, onde os agentes usaram canhões de água.
O "dia da resistência" continuará à tarde, com uma concentração no Aeroporto Internacional Ben Gurion, seguindo os manifestantes para a embaixada dos Estados Unidos em Telavive e para a avenida Kaplan, naquela cidade, que se tornou no epicentro dos protestos desde o início, há 28 semanas.
Em paralelo, para a tarde também foram convocados protestos frente à residência do primeiro-ministro, em Jerusalém, e noutras cidades do país.