Guterres está "profundamente perturbado" com a detenção de Bazoum, por membros da guarda presidencial, afirmou o porta-voz Stéphane Dujarric num comunicado.
"O secretário-geral apela à cessação imediata de todas as acções que minam os princípios democráticos no Níger", acrescentou.
Militares do Níger afirmaram na quarta-feira à noite ter derrubado o regime de Bazoum, através de um comunicado lido na televisão nacional em Niamey, capital do país africano, em nome de um Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).
"Nós, as forças de defesa e segurança, reunidas no seio do CNSP, decidimos por fim ao regime que conhecem", o do Presidente Bazoum, declarou o coronel Amadou Abdramane, rodeado por nove militares fardados, noticiou a agência France-Presse.
Os militares anunciaram ainda, no discurso televisivo, o encerramento das fronteiras e a entrada em vigor do recolher obrigatório "até novo aviso".
O acesso ao palácio presidencial do Níger em Niamey está bloqueado desde quarta-feira de manhã e a estrada que conduz ao edifício continua fechada ao trânsito por elementos da guarda presidencial, disseram à agência EFE fontes no local.
O Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, está detido desde a manhã por membros da guarda presidencial, na sequência do fracasso das conversações sobre pontos que permanecem desconhecidos.
Estados Unidos e a UE também já reclamaram a libertação do chefe de Estado nigerino.
A França, potência colonial até à independência do país, em 1960, tem um destacamento militar de 1.500 homens no Níger, o mais importante no Sahel, após a retirada de outros países, onde efectuou operações contra organizações fundamentalistas islâmicas.