Crise no Médio Oriente: Secretário-Geral da ONU “muito preocupado” com escalada dramática em Beirute

PorExpresso das Ilhas, Lusa,28 set 2024 17:18

Segundo as autoridades libanesas, mais de mil pessoas morreram desde que Israel intensificou os ataques contra alegados alvos do Hezbollah
Segundo as autoridades libanesas, mais de mil pessoas morreram desde que Israel intensificou os ataques contra alegados alvos do Hezbollah

Líder supremo do Irão decreta cinco dias de luto pela morte de líder do Hezbollah. Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, considerou "uma medida de justiça" o assassínio do líder do grupo xiita libanês pelas Forças de Defesa de Israel.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se este sábado “muito preocupado com a escalada dramática” em Beirute nas últimas 24 horas, disse, num comunicado, o seu porta-voz.

"Este ciclo de violência deve parar agora e todas as partes devem recuar da beira do precipício. O povo do Líbano, o povo de Israel e toda a região não podem suportar uma guerra total", acrescentou Stéphane Dujarric, na nota, citada pela agência France-Presse.

Segundo Dujarric, Guterres apelou ao cumprimento integral da Resolução 1.701 sobre o Líbano do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em 2006, com o “regresso imediato à cessação das hostilidades”.

O secretário-geral da ONU “reiterou também o seu apelo a um cessar-fogo imediato em Gaza e à libertação de todos os reféns”.

O Hezbollah confirmou a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num ataque aéreo israelita, segundo a agência noticiosa norte-americana Associated Press.

Entretanto, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, decretou cinco dias de luto público, na sequência da morte do líder do Hezbollah libanês.

“Apresento as minhas condolências pelo martírio do grande Nasrallah e dos seus companheiros mártires e anuncio cinco dias de luto nacional no Irão”, declarou Ali Khamenei num comunicado publicado pela agência noticiosa oficial Irna.

Já o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, considerou "uma medida de justiça" o assassínio do líder do grupo xiita libanês pelas Forças de Defesa de Israel.

"Hassan Nasrallah e o grupo terrorista que liderou, o Hezbollah, mataram centenas de americanos durante um reino de terror que durou quatro décadas. A sua morte num ataque aéreo israelita é uma medida de justiça para muitas das suas vítimas, incluindo milhares de civis americanos, israelitas e libaneses", afirmou o chefe de Estado norte-americano numa mensagem divulgada pela Casa Branca.

Joe Biden reiterou que "os Estados Unidos apoiam totalmente o direito de Israel se defender do Hezbollah, dos huthis e de qualquer outro grupo terrorista apoiado pelo Irão".

Acrescentou ter ordenado na sexta-feira às forças norte-americanas no Médio Oriente que adoptem uma "postura defensiva reforçada" destinada a "dissuadir agressões e reduzir o risco de uma guerra regional mais alargada".

"O nosso objectivo é desescalar os conflitos que decorrem em Gaza e no Líbano pela via diplomática", indicou Joe Biden na mensagem divulgada no 'site' da Casa Branca.

Segundo as autoridades libanesas, mais de mil pessoas morreram desde que Israel intensificou os ataques contra alegados alvos do Hezbollah.

Na Faixa de Gaza, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas acusa os militares israelitas de terem feito mais de 41.500 mortos na retaliação contra os islamitas palestinianos.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,28 set 2024 17:18

Editado porJorge Montezinho  em  2 dez 2024 23:28

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