"Sendo o maior encontro de líderes do sector energético, investidores, decisores políticos e inovadores da indústria do continente, a AEW atrai mais de 7.000 partes interessadas de mais de 100 países", lê-se no programa, que afirma que "a AEW não é apenas uma conferência, é onde se assinam acordos, se definem políticas e se estabelecem parcerias, criando oportunidades de negócio tangíveis nos setores do petróleo, gás, energias renováveis e infraestruturas".
Entre as sessões programadas, Angola estará em destaque num debate sobre a utilização de mão de obra local, e terá também o lugar central noutras sessões sobre a exploração de petróleo e gás em terra.
"Embora o setor 'offshore' de Angola tenha tradicionalmente dominado a narrativa petrolífera do país, a exploração ‘onshore’ está a ressurgir como uma fronteira estratégica com potencial significativo para diversificar e expandir a base de produção de hidrocarbonetos do país”, considera a Câmara África de Energia, que organiza o encontro.
“Com bacias terrestres pouco exploradas e um foco renovado do governo no desenvolvimento de conteúdo local, Angola está a criar condições favoráveis para que novos operadores e operadores existentes explorem as suas reservas terrestres", lê-se na antecipação do encontro.
Moçambique terá um painel dedicado a apresentar propostas de investimento, e a organização diz que o país "criou condições para restabelecer as operações no emblemático projeto de gás natural liquefeito (GNL) de 20 mil milhões de dólares [17,1 mil milhões de euros] na província de Cabo Delgado, sinalizando uma nova oportunidade para um desenvolvimento significativo do gás no país".
Os interveniente neste debate vão explicar porque é que o gás é "fundamental para acelerar o progresso socioeconómico" em Moçambique, antecipam.
Na semana passada, o ministro dos Hidrocarbonetos e Desenvolvimento Mineiro da Guiné Equatorial avançou que pretende abrir "uma nova era" no setor petrolífero, quando anunciar a nova ronda de licenças para exploração petrolífera durante esta conferência internacional.
"O ciclo de concessão de licenças EG 2026 representa um passo crucial para maximizar o potencial 'offshore' (ao largo da costa) e 'onshore' (em terra) da Guiné Equatorial; vai atrair investidores de renome, estimulará a exploração e promoverá um crescimento sustentável", disse Antonio Oburu Ondo, antecipando o anúncio que será feito na segunda-feira.
Na apresentação da sessão de segunda-feira, primeiro dia da AEW, a Guiné Equatorial vai vincar que o ciclo de concessão de novas licenças a partir de 2026 será "a plataforma oficial para inaugurar uma nova onda de investimentos e sucesso em matéria de exploração na Guiné Equatorial", que tenta compensar uma quebra da produção nos últimos anos.
"Este ciclo oferecerá oportunidades em novas áreas para explorar jazidas comprovadas e inovadoras em profundidades moderadas, apoiadas por medidas fiscais de primeira linha e condições cada vez mais atrativas", destacou o ministro Oburu Ondo, citado no comunicado.
A conferência, sob o tema global “investir nas energias de África” e “posicionar África como o campeão global da energia”, decorrer até sexta-feira.
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