"Não descarto [uma guerra], não", admitiu Trump, em entrevista à estação de televisão norte-americana NBC, sublinhando que "não discute" se as suas ações recentes, incluindo os bombardeamentos - que fizeram mais de uma centena de mortos -, e a apreensão de um petroleiro venezuelano na costa do país, podem levar a um conflito.
"Se forem suficientemente estúpidos para continuar a navegar, vão acabar por entrar num dos nossos portos", alertou.
Trump recusou-se ainda a comentar se o objetivo destas ações dos Estados Unidos é a deposição do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que, segundo o chefe de Estado norte-americano, "sabe exatamente" o que Washington pretende.
"Ele sabe melhor do que ninguém", acrescentou.
As declarações de Trump surgiram horas depois de ter afirmado que a aprovação do Congresso não é necessária para que Washington possa atacar a Venezuela por terra, com o objetivo declarado de atingir os cartéis de droga --- algo que Caracas descreve como um pretexto para uma invasão.
Na terça-feira, Trump anunciou nas redes sociais que Washington bloquearia a entrada ou saída de todos os petroleiros sancionados da Venezuela e acusou o Governo de Caracas de roubar campos petrolíferos e ativos norte-americanos, numa alusão às expropriações realizadas durante os mandatos de Hugo Chávez.
Desde o verão, Trump ordenou um grande destacamento militar para as Caraíbas com o objetivo de deter o narcotráfico, que também acusa Caracas de estimular, e desde setembro as forças norte-americanas bombardearam mais de duas dezenas de alegados barcos de narcotraficantes, resultando na morte de cerca de 100 pessoas.
Esta semana, a chefe de gabinete do Presidente dos EUA admitiu que um destacamento militar em solo venezuelano significaria guerra e precisaria da aprovação do Congresso.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu hoje defender o país contra as agressões dos Estados Unidos e expressou a "lealdade ao comandante Hugo Chávez" (1954-2013), afirmando que está disposto a perder a própria vida para defender o país.
Foto: Depositphotos
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