Alexandre Monteiro e Júlio Herbert são os novos ministros que vão integrar a nova orgânica do governo. Monteiro vai assumir a pasta da Indústria, Comércio e Energia, um ministério que resulta da cisão do mega Ministério da Economia e Emprego – que englobava o Turismo, Transportes Marítimos e Aéreos, Telecomunicações, Economia Marítima, Economia Digital, Indústria e Comércio, Energia, Formação Profissional e Programa de Estágios Profissionais e Promoção de Emprego.
Trata-se de um regresso ao elenco governamental de Alexandre Monteiro, o actual presidente do conselho de administração da Electra e que já foi, precisamente, ministro do Comércio, Indústria e Energia (1998-2001).
Entretanto José Gonçalves, actual ministro da Economia e Emprego, vai manter sob a sua alçada o Turismo, Transporte e o ministério da Economia Marítima, que ficará sediado em São Vicente. A justificação para esta mudança de localização prende-se com a presença, nessa ilha, de várias entidades administrativas relacionadas com a economia do mar, nomeadamente a Direcção Geral da Economia Marítima e o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca. A criação prevista de uma Zona Económica Exclusiva para a economia marítima nesta ilha é outro aspecto que terá pesado na decisão, de acordo com Ulisses Correia e Silva.
Já Júlio Herbert, conselheiro público e diplomático do primeiro-ministro, assume o cargo de ministro-adjunto do Primeiro-Ministro para a Integração Regional. A pasta da Integração Regional, que lida com as questões da CEDEAO e União Africana, sai assim da alçada de Luís Filipe Tavares, Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades e também ministro da Defesa, após Cabo Verde ter visto cair por terra as suas aspirações à presidência da Comissão da CEDEAO.
Olavo Correia, ministro das Finanças vai acumular a pasta com da de Vice-primeiro ministro e Fernando Elísio Freire passa a ser Ministro de Estado, da Presidência do Conselho de Ministro e dos Assuntos Parlamentares (a novidade aqui é a inclusão do “Estado” na pasta) continuando também no cargo de Ministro do Desporto.
Também o ministério de Gilberto Silva passa a ter mais um nome, chamando-se agora Ministério da Agricultura, Alimentação (é este) e Ambiente.
Seis Secretários de Estado Adjuntos
A nova orgânica do governo contempla ainda a entrada de seis secretários de Estado Adjuntos. Gilberto de Barros, quadro sénior do Banco Mundial, vai reforçar a equipa de Olavo Correia, como secretário de Estado Adjunto das Finanças.
Também para apoiar Olavo Correia, mas enquanto vice-primeiro ministro, entram na equipa governamental Edna Oliveira, actual vereadora dos Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos da Câmara Municipal da Praia, como secretária de Estado Adjunta para a Modernização Administrativa, e Pedro Lopes, responsável pelo projecto TEDX em Cabo Verde, como secretário de Estado Adjunto para a Inovação e Formação profissional.
O deputado nacional Paulo Lima Veiga vai ser empossado como secretário de Estado Adjunto para a Economia Marítima, Carlos do Canto Monteiro, actual director do Gabinete do Primeiro-Ministro, assumirá como secretário de Estado Adjunto do Ministro de Estado.
Por fim, Amadeu da Cruz, antigo presidente da Câmara do Porto Novo e actual presidente do Instituto Superior de Ciências Económicas e Empresariais em São Vicente, vai reforçar a equipa da Ministra da Educação, Maritza Rosabal, como secretário de Estado Adjunto da Educação.
Os objectivos desta nova remodelação, que cria um ministério, e aumenta o elenco do executivo em dois ministros e seis secretários de Estado são, de acordo como o Governo: reforçar a coordenação económica; reforçar a coordenação política e melhorar a eficiência e eficácia governativa.
Este reforço do governo tem um impacto financeiro previsto de 32 mil contos.