A OMS lançou hoje um relatório semanal sobre a situação sanitária no continente africano. Cabo Verde surge neste documento por causa do surto de malária que atingiu a Praia durante o ano passado.
“Até Dezembro do ano passado foram contabilizados 447 casos de malária sendo 418 autóctones, 12 casos importados” e havendo ainda a assinalar “17 casos de reinfecção”. Do total de casos resultaram duas mortes, um cidadão nacional e outro estrangeiro, relata o mesmo documento.
Já a nível continental, um pormenor salta à vista. São poucos os países onde não existe um surto ou uma epidemia. A excepção são os países do Norte de África onde, desde o Sahara Ocidental até ao Egipto, não é relatado qualquer foco de infecção.
Os casos mais preocupantes, segundo este relatório da OMS, são a República Democrática do Congo (RDC) e a Zâmbia.
Na RDC, a “crise humanitária continua a deteriorar-se”, destaca a OMS. “A epidemia de cólera tem vindo a diminuir, no entanto, as recentes cheias em Kinshasa e as chuvas que têm caído no país podem fazer acelerar a transmissão da doença e provocar uma escalada do número de casos”. “Já é visível um agravamento do número de casos em Kinshasa”, relata a OMS que apela que o aumento do número de casos a nível nacional deve ser evitado.
Também a cólera é uma preocupação na Zâmbia e no Malawi. “As autoridades dos dois países devem trabalhar” no sentido de impedir a propagação da doença. “a continuada propagação da cólera na Zâmbia e o crescente número de casos no Malawi são preocupantes”, avança a OMS.