“A situação que a sindicalista quer generalizar está a ser equacionada. Foi informada das razões por que ainda não se efectivou uma solução no Serviço Autónomo de Água e Saneamento que se prende com o processo de criação da Empresa Água e Energia do Maio, processo que impede, para já, a adopção de algumas medidas como recrutamento de pessoal”, afirma Miguel Rosa em nota enviada à nossa redacção.
O edil do Maio diz que a autarquia não se revê nas críticas da central sindical e destaca “os esforços visando a melhoria da situação laboral”.
“É inconcebível que, em pleno 2018, haja um único colaborador nosso a fazer trabalho escravo. A posição da Secretária-geral da UNTC-CS é de uma deselegância de bradar aos céus. Haverá, sim, uma ou outra situação que precisa de ser corrigida mas, honestamente, longe de ser trabalho escravo", explica.
O presidente da Câmara Municipal do Maio sublinha que está "a trabalhar para a resolução em definitivo de tudo quanto possa configurar violação dos direitos laborais” e questiona o futuro das relações entre a autarquia e a central sindical liderada por Joaquina Almeida.
Na sexta-feira passada, a União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde - Central Sindical, num balanço das visitas de uma equipa da central sindical, chefiada pela secretária-geral, às ilhas do Sal, Maio, Fogo e Brava, alertou para aquilo que classificou de atropelos aos direitos dos trabalhadores nestas ilhas.
A secretária-geral falou em ameaças de despedimentos, contratos precários e disse que na ilha do Maio há casos que se assemelham a "trabalho escravo".