Num balanço das visitas de uma equipa da central sindical, chefiada pela secretária-geral, às ilhas do Sal, Maio, Fogo e Brava, Joaquina Almeida afirma que a situação é “alarmante” e sublinha que foram observados vários “atropelos” aos direitos dos trabalhadores.
“A inexistência do seguro obrigatório de acidentes de trabalho, de planos de férias para os trabalhadores, contratos de trabalho precários, desrespeito das normas de segurança no trabalho, o não pagamento de horas extras e do salário mínimo, incumprimento de horários de trabalho, prática de maus tratos e ameaças de despedimentos”, indica.
Joaquina Almeida sublinha que a situação laboral na ilha do ilha Maio é alarmante, com exemplos que se assemelham a "trabalho escravo".
"Mais gritante e alarmante é a situação de trabalho que se assemelha a trabalho escravo, verificada na ilha do Maio, onde se trabalha 12 horas diárias, ininterruptamente, sem direito ao descanso semanal, feriados e com salário de miséria", crítica.
A secretária-geral da central sindical exige que seja enviada, o mais urgentemente possível, uma delegação da Inspecção Geral do Trabalho às ilhas.
“Mais ainda, desafiamos a IGT a apresentar o relatório anual de actividades das visitas inspectivas efectuadas, uma prática que, em tempos, era apresentada e partilhada com a central e os sindicatos, de modo a que estes disponham de dados relativos a questões laborais importantes referentes às ilhas e regiões”, afirma.