Em conferência de imprensa, hoje, a Direcção do SINAPOL defendeu que os processos disciplinares instaurados aos agentes da PN em consequência da sua adesão à greve e as suspensões dos mesmos por períodos de 40 dias, ainda que com pena suspensa, deveriam resultar na “demissão da presente [direcção] da PN”.
José Barbosa, presidente do sindicato da Polícia Nacional defende que, no que respeita a estes processos disciplinares, mais não são do que “um esquema medíocre, uma solução triste e nojenta. Afinal, foram eles mandados instaurar, de facto, a título de intimidação e represália” contra os agentes que aderiram à greve. E, acrescenta, “as pessoas vêm sendo punidas” com 40 dias de suspensão “com a pena suspensa. Ora, isto quer dizer que a pena é suspensa, mas a ficha individual é sujada, manchada, ficará suja”.
É por isso, pela forma como foi conduzido todo este processo, que José Barbosa defendeu que “essa sujeira fabricada é resultado e fotografia de uma incompetência pura, por se tratar de uma solução enraizada numa tremenda ilegalidade, que outra coisa não suscitava, a não ser a demissão da presente Direcção Nacional” da PN.
A existência de uma estratégia de investimento, por parte do governo, “em recursos materiais”, que é reconhecida pelo sindicato, é vista como insuficiente por José Barbosa que denuncia um “estado laboral desagradável, desmotivante” e em que, aponta, “se vem discriminando grosseiramente e injustamente seus profissionais, quer no direito a participar nos concursos, quer no sentido de lhes impedir, a todo o custo, o direito à promoção”.
“Há neste momento, por exemplo, uma lista de nomes a circular, cujo propósito visa intencionalmente seleccionar os promovíveis, de forma injusta, inventando inclusive, informações negativas sobre o desempenho profissional, a fim de se poder excluir alguns da possibilidade do direito à promoção”, denuncia o presidente do SINAPOL.