Para Isabel Moniz, Cabo Verde continua a ser muito vulnerável, com grandes fragilidades e com alto nível de desemprego, pobreza persistente e desigualdade.
“O país deve continuar a mobilizar mais meios para apoiar e desenvolver uma estratégia específica para fortalecer a capacidade das famílias com deficiência focando também a abordagem do género”, afirma.
Conforme disse, a Colmeia quer, com estes três dias de conferência, ter resultados que vão ao encontro das expectativas das pessoas com deficiência. “Que a inclusão não seja só com o nome, mas sim que ela seja implementada. Ainda temos lacunas e falta de respostas em uma consulta, temos crianças e pessoas que vivem no interior de Santiago que não pode pagar uma consulta de reabilitação”.
Para o Presidente da Assembleia Nacional, Jorge Santos, que fez a abertura da conferência, a inclusão social é um trabalho de hoje, de amanhã e de sempre. “É exigente quanto a recursos e desafios a capacidade de iniciativa e de mobilização da sociedade. Ela só está ao alcance da sociedade com graus elevados de desenvolvimento”.
A abertura da conferência contou ainda com a intervenção do Presidente da Federação Cabo-verdiana de Associações das pessoas com Deficiência (FECAD), António Pedro Melo, da directora-geral da Inclusão Social, Mónica Furtado e do Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariano Castellon.
Durante esses três dias serão debatidos temas como “Respostas efectivas na Saúde”, “A Reabilitação e a Habitação”, “Política de Educação Inclusiva”, “Educação Inclusiva Contextualização e Intervenção”, “Instrumentos de Promoção de Cuidados”, “Politicas de Acessibilidade” e “O papel das Instituições e respostas e desafios”.
Este evento conta ainda com a presença de decisores políticos e especialistas nacionais e estrangeiros. De acordo com o Censo de 2010, em Cabo Verde existem 104 mil pessoas a viver com algum tipo de deficiência.