Não houve crime. O imediato do navio ESER, de bandeira panamiana, terá morrido de "choque séptico de etiologia pulmonar com edema pulmonar e complicada com sangramento digestivo alto", avançou hoje a Polícia Judiciária em comunicado.
Segundo a PJ, a reforçar esta tese, está o facto de as inspecções realizadas no navio não terem revelado qualquer indício de crime.
"Das inspecções judiciárias levada a cabo e das informações recolhidas junto dos tripulantes, apurou-se que a vítima, que exercia a função de Imediato no navio, não apresentava problemas com ninguém e do exame camarata e a outros compartimentos do navio, não se verificaram indícios de crime", lê-se na nota da PJ.
A nota da PJ adianta ainda que o tripulante do navio terá morrido "por volta das 21h10 do dia 22 de Janeiro, quando o navio se encontrava na travessia das águas marítimas cabo-verdianas, na sequência de fortes dores e vómitos com sangue a que o indivíduo se encontrava sujeito".
De recordar que o ESER foi apreendido no porto da Praia no final do mês de Janeiro, com 9,5 toneladas de cocaína a bordo de um dos contentores que transportava do Panamá com destino ao porto de Tânger, em Marrocos. O navio tinha acostado no porto da Praia para desembarcar o cadáver de um dos tripulantes. A restante tripulação está em prisão preventiva, na Praia, a aguardar julgamento.
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