​Vigilantes da SILMAC no Sal agendam greve por melhores condições laborais

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,11 abr 2019 13:20

Os vigilantes da empresa de segurança privada, SILMAC, na ilha do Sal, ameaçam realizar uma greve 72 horas, durante os dias 23, 24 e 25 deste mês. Na base do pré-aviso de greve, já entregue à Direcção-Geral do trabalho, e à empresa em causa, o baixo salário, carga horária excessiva e sem pagamento de horas extraordinárias, más condições nos locais de trabalho, entre outros.

O presidente do Sindicato da Industria, Comércio e Turismo, (SICOTUR), Mário Correia, explica que os funcionários enfrentam situações laborais complicadas, com destaque para as questões salariais.

“Mesmo os funcionários que fazem um trabalho de especialidade, no Aeroporto Amílcar Cabral, levam para casa cerca de 27 mil escudos. Esse trabalho era exercido por agentes da Polícia Nacional, certamente em condições bem melhores. O serviço passou a ser exercido pela SILMAC, através de um grupo de cidadãos que auferem um baixo salário. Nós entendemos que deve haver interesse, tanto da ASA como da própria SILMAC, em defesa dos interesses desses trabalhadores”, defende.

“Em relação aos outros postos, os salários são ainda muito mais baixo, à volta de 17 ou 18 mil escudos líquidos. Não é um salário digno para o pessoal que exerce a função de segurança”, entende.

Os problemas não se ficam por aqui. De acordo com o líder sindical, em entrevista à Rádio Morabeza, a empresa de segurança privada não cumpre integralmente a lei. O responsável fala da inexistência de intervalo de descanso e carga horária diária e semanal acima do legalmente instituído.

“Trabalham mais de 8 horas por dia e mais de 48 horas semanais e a empresa recusa pagar horas extraordinárias. A empresa altera os horários de trabalho de forma unilateral, os trabalhos prestados em dia de descanso semanal não são permitidos mas a empresa obriga e quem ousar não acatar essa determinação é sancionado imediatamente. O serviço de transporte foi suspenso, obrigando os trabalhadores a andarem a pé para o aeroporto. Os trabalhadores acusam o delegado aqui no Sal de maus tratos, de ameaça constante, tanto de despedimento, como de processo disciplinar”, aponta.

A situação não é nova, sendo que no ano passado os vigilantes tinham agendada uma paralisação, entretanto suspensa, pelas mesmas razões. Mário Correia diz que as tentativas de entendimento com a empresa, para resolver os problemas não têm surtido efeito.

Para o próximo dia 17 está marcada uma reunião de conciliação.

Contactada pela Rádio Morabeza, a delegação da SILMAC no Sal disse que o assunto foi reencaminhado para a direcção-geral da empresa, de quem ainda não foi possível obter uma reacção.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,11 abr 2019 13:20

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  10 jan 2020 23:21

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