Segundo Mazzitelli, que está em Cabo Verde a participar no workshop denominado “Do artigo 17 da Convenção de Viena à finalização legal” e que aborda a questão do tráfico internacional de drogas por via marítima, este encontro serve para aumentar a capacidade dos estados da região oeste africana de garantirem o direito de navegar no mar e tornar mais difíceis os negócios de traficantes e criminosos.
O tráfico de droga, defendeu, é “um problema para toda a região e para todo o mundo”, o que obriga os diferentes Estados a “garantir a liberdade de navegação à segurança da navegação e, ao mesmo tempo, proteger os interesses económicos e a vida das pessoas nos navios”.
No entanto, não é apenas o tráfico que droga que deve preocupar os responsáveis de cada um dos Estados desta região africana. Também a pesca ilegal, o contrabando e até mesmo para navegação clandestina são factores de preocupação e que devem motivar uma maior colaboração entre os países.
Uma colaboração que passe pela união de forças entre os países africanos com a Europa e a América. “Para que essas forças trabalhem juntas e isso seja muito importante sob as regras da lei, mesmo se estivermos em alto mar, onde nenhum Estado tem jurisdição exclusiva, devemos usá-la para garantir outros direitos”, explicou.
Um bom exemplo desse trabalho colaborativo, defendeu Antonio Mazzitelli, são as maisde 12 toneladas de droga que foram apreendidas só este ano em águas cabo-verdianas. “Além de unir forças, devem trabalhar em conjunto para compartilhar informações no sentido de alcançar a apreensão e, após a apreensão, a investigação e detenção dos traficantes que não estão no navio, mas que estão nos locais de destino e envio”, concluiu aquele responsável da ONUDC.