Segundo o estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), as estruturas parasitárias encontradas nas alfaces foram quistos, ovos e larvas. Foram identificados 15 espécies de parasitas, algumas com importância em saúde Pública, nomeadamente Ascaris lumbricoides (conhecida por lombriga), Entamoeba histolytica, os Ancilostomídeo (Ancylostoma duodenale, e Necator americanus ) e Strongyloides stercoralis.
Como forma de prevenção, o INSP chama a atenção da população no sentido de higienizar melhor as alfaces, antes do seu consumo, pois estas podem representar um risco para a saúde dos consumidores, se medidas adequadas de higiene e desinfecção não forem adoptadas.
Entretanto, segundo o mesmo estudo, as amostras do cultivo hidropónico apresentaram menor diversidade parasitária em relação às amostras de cultivo tradicional.
Segundo o INSP, alguns dos parasitas encontrados estão associados com regularidade aos casos de diarreia. Os sintomas caracterizam-se por diarreia aquosa, acompanhada de febre baixa, dores abdominais e náuseas. Em indivíduos desnutridos e com imunidade baixa, a gastroenterite pode durar várias semanas, levando a um quadro de desidratação grave.
Podem ocorrer também afeções extraintestinais, ou seja, em diferentes órgãos e sistemas como no fígado, terminações nervosas periféricas (botulismo), má formação congénita (toxoplasmose), entre outros.
Para reduzir os riscos de consumo de alface contaminado, mas também de frutas, legumes e hortaliças o INSP recomenda a sua higienização correcta como forma de eliminar os microrganismos incluído os parasitas causadores de doenças.