O governante falava à comunicação social, na cidade da Praia, à margem da realização de uma visita ao Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) a fim de ouvir quais as realizações durante 2019 e as perspectivas para 2020.
Os Centros de Diagnóstico, conforme avançou, enquadram-se no âmbito de um investimento de cerca de 10 milhões de euros em equipamentos, e as instalações iniciarão em Janeiro.
“Aqui na Praia e São Vicente teremos dois centros de diagnóstico para, sobretudo Praia, dar cobertura aos centros de saúde urbanos. Poderão receber amostras através de colheitas centralizadas que vem dos outros concelhos e evidentemente das outras ilhas, na área do laboratório, mas também de exames de imagiologia”, informou.
O governante garantiu que os centros permitirão libertar os hospitais, permitindo que se dediquem apenas aos cuidados essencialmente hospitalares e exames que são realizados por doentes estão a ser tratados nos hospitais.
“Acho que é um ganho importante, dará também população um sinal de que podem contar com os centros de saúde, podem ir aos centros de saúde, e poderão encontrar respostas para os seus problemas nos centros da saúde. A grande maioria das situações que hoje em dia vão ao banco de urgência poderiam, e devem, ser resolvidos nos Centros de Saúde”, sublinhou.
No que se refere aos desafios para 2020, Arlindo do Rosário apontou que são "muitos", nomeadamente a construção da sede do INSP, na Cidadela, além da possibilidade de instalar, na área de Entomologia médica, o curso ou mestrado.
Ainda no próximo ano, de acordo com o ministro, Cabo Verde poderá candidatar-se junto à Organização Mundial da Saúde, como país que conseguiu eliminar a transmissão autóctone do paludismo, a nível nacional. Nessa linha, destacou que o governo está a reforçar cada vez mais os cuidados primários da saúde, alargando e diminuindo as assimetrias regionais, que por sua vez são cada vez “menores”.
Outra questão salientada por Arlindo do Rosário é a introdução de uma nova vacina no calendário nacional.
“Nós iremos introduzir em 2020 a vacina contra o HPV, um vírus que está implicado no cancro de colo uterino. Esta será integrada dentro do planeamento de todo o programa da vacinação. Começaremos com vacinação de todas as meninas com idade de 10 anos e progressivamente, nos próximos anos teremos coberto toda a faixa de 10 a 14 anos”, afirmou.