A ACP, iniciada na terça-feira, 14, remonta a Julho de 2018, quando a jovem Eloisa Teixeira, de 30 anos, deu entrada no Centro de Saúde com uma gravidez ectópica, tendo sido transportada numa embarcação de carga para a ilha do Sal, depois de alegada recusa da evacuação da companhia aérea Binter.
Eloisa acabou por morrer na ilha do Sal, depois de fazer a travessia do percurso Boa Vista-Sal via marítima.
O Ministério Público acabou por abrir um processo, e em 06 de Dezembro do ano passado acusou a companhia aérea Binter-CV do crime de impedimento à prestação de socorro e de omissão de auxílio.
A ACP deste caso prolonga-se até o dia 18, com a audição do piloto, administração da Binter, assistentes de bordos, médicos, enfermeiros e entre outras testemunhas e pessoas ligadas ao caso.
Recorda-se que em Novembro, a Binter Cabo Verde foi condenada pelo Tribunal da Comarca da Boa Vista a pagar uma multa de quatro mil contos, noutro processo de omissão de auxilio no caso do jovem que foi baleado no abdómen, que aconteceu também na ilha da Boa Vista.
Neste mesmo processo, o piloto a serviço da companhia área foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa.