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Segundo o comunicado da Procuradoria Geral da República e depois de terminadas as investigações, foi formalizada a acusação a "2 pessoas colectivas e 2 indivíduos", "tendo requerido o julgamento dos mesmos, em Tribunal Singular, por estarem fortemente indiciados da prática de ilícitos criminais".
De acordo com a PGR, ao estabelecimento médico privado, situado na ilha da Boa Vista, e ao indivíduo de sexo masculino, de 38 anos de idade e médico de profissão, "foram imputados, em co-autoria material e na forma consumada, 1 (um) crime de uso de documento de identificação alheio em concurso real efectivo com 1 (um) crime de exercício ilegal de profissão". Já à Binter "responsável pelo transporte aéreo de passageiros" entre as ilhas da Boa Vista e do Sal e a uma funcionária da empresa naquela ilha "foram imputados, em co-autoria material e na forma consumada, 1 (um) crime de impedimento à prestação de socorro em concurso real efetivo com 1 (um) crime de omissão de auxílio".
Segundo a nota, a Procuradoria Geral da República deduziu, ainda, "o pedido de indemnização civil, em representação dos dois filhos menores da vítima, no montante de 2 000 000$00 (dois milhões de escudos), acrescidos de juros à taxa legal".
Eloisa Teixeira deu entrada no Centro de Saúde da Boa Vista com uma gravidez ectópica (uma gravidez anormal que ocorre fora do útero), no dia 20 de Junho, com um quadro muito crítico e foi transferida à noite para ilha do Sal, numa embarcação que transporta cargas, da empresa Cavibel, depois de a evacuação por via aérea ter sido recusada pela Binter.
Chegando ao hospital do Sal, Eloisa Teixeira foi submetida a uma intervenção cirúrgica, teve complicações cardíacas e não resistiu. A jovem deixa dois filhos menores.
