Segundo o director da PN, Emanuel Moreno, tudo aconteceu quando um agente da polícia fazia a inspecção rotineira da arma que recebe ao iniciar o turno, que começa às 08h00.
O agente em questão não terá cumprido todos os procedimentos estipulado ao manusear a pistola de 09 milímetros, que disparou acidentalmente, sendo que o tiro ultrapassou a esquadra e atingiu um jardim infantil noutra rua, o jardim Pimpão.
Emanuel Moreno especificou que o agente “não acautelou todos os procedimentos recomendados e exigidos e daí surgiu o disparo acidental que infelizmente atravessou um portão, uma rua, assim como a protecção do referido jardim, tendo o projéctil caído dentro de uma sala”.
No momento, (cerca das 8h00) ainda não se encontravam crianças na sala atingida. Na mesma encontrava-se uma funcionária que efectuava a limpeza diária, mas que não foi atingida pelo projéctil.
“De facto, é necessário precaver e acautelar todos os procedimentos relativos à inspecção da arma, nomeadamente verificar se não há nenhum projéctil na câmara antes de inspecção propriamente dita. Portanto, não se trata aqui de uma questão de formação ou de outra índole”, considerou o responsável da PN, em declarações à Rádio de Cabo Verde.
Neste sentido, Emanuel Moreno avançou que vai ser aberto um processo de averiguação para apurar responsabilidades e tomar as medidas necessárias neste caso, que aconteceu no bairro mais populoso da cidade da Praia: Achada Santo António.
A responsável do jardim infantil, Maria Rodrigues, adiantou, entretanto, que vai enviar uma carta ao ministro de Administração Interna, Paulo Rocha, e pediu aos pais para se manterem tranquilos.