Ulardina Furtado fez essas considerações em declarações à Inforpress ao ser instada a falar sobre a situação do novo coronavírus (Covid-19) no concelho da Praia. A delegada de saúde foi também questionada sobre as fiscalizações nos aeroportos e portos, particularmente devido às entradas de navios cruzeiros no Porto da Praia.
“A situação no concelho ainda é estável e não tivemos até agora casos suspeitos de coronavírus. Quanto aos cruzeiros, terça-feira esteve um barco no Porto da Praia, mas tudo esteve dentro da norma, sendo que a maioria dos passageiros, mais de duzentos, chegaram ao país num voo internacional para incorporar no cruzeiro”, disse.
De acordo com a delegada de Saúde da Praia, as pessoas que chegaram para seguir viagem no cruzeiro foram rastreadas no aeroporto e depois seguiram para o navio.
No Porto, afirmou, tem havido controlo das pessoas que chegam, mas no caso dos cruzeiros informou que estes possuem a sua equipa médica que, no caso de haver qualquer eventualidade e antes do navio atracar, o sector da saúde, neste caso a Delegacia, é informado sobre a situação.
“Existe toda uma comunicação e coordenação entre a Enapor, a Delegacia de Saúde, agências de viajem e outros, para, no caso de haver alguma eventualidade, sermos avisados”, acrescentou.
Conforme a médica, na cidade da Praia, assim como noutros concelhos, nesta matéria segue-se as recomendações do Ministério da Saúde.
Quanto às pessoas que têm circulado para a Europa ou outros continentes com casos do novo coronavírus, a delegada de Saúde disse esperar serem conscientes para, à chegada, prestarem a devida informação, solicitar exames e fazer quarentena em casa.
No aeroporto da Praia, informou, foram designados dois técnicos para a realização dos despistes à chegada dos voos internacionais.
Quanto aos cuidados, a médica alerta as pessoas para que procedam sempre à lavagem de mãos já que a questão da higiene é fundamental para prevenir a doença que provoca uma infecção respiratória mais grave.
O concelho da Praia, de acordo com Ulardina Furtado, tem estado “tranquilo” em termos de doenças como paludismo, dengue e outros, sendo que em termos de epidemiologia de outras doenças a que mais predomina, de momento, são as doenças respiratórias.
No caso do paludismo, avançou que o país até à presente data não registou nenhum caso local, ou seja, autóctone, mas confirmou três casos importados.