Para a representante da Associação de Comerciantes Chineses da cidade da Praia, Wang U Li, é preciso ajudar Cabo Verde a fazer face aos efeitos da pandemia de COVID-19 e debelar a escassez de materiais de protecção individual no país, como é o caso de máscaras.
Neste sentido, a porta-voz da associação deu conta que vão ser importadas mais máscaras da China, bem como outros materiais de protecção, como óculos e termómetros para serem entregues às autoridades de saúde cabo-verdianas.
A cerimónia de entrega oficial aconteceu no Depósito Central de Medicamentos do Ministério da Saúde, na cidade da Praia, e foi presenciada pelo director nacional de Saúde, Artur Correia.
O director do Gabinete para os Assuntos Farmacêuticos do Ministério da Saúde, Bruno Santos, disse que as máscaras chegam “em boa hora”, porque há um aumento de casos da doença na cidade da Praia.
As máscaras serão distribuídas às estruturas de saúde da capital cabo-verdiana, adiantou o responsável, indicando que desde o começo da doença o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 150 mil máscaras a todas as estruturas no país.
“Na próxima semana vão chegar mais de um milhão de máscaras, e assim conseguiremos abastecer não só o mercado público, mas a importância também de abastecer o mercado privado”, disse Bruno Santos.
Os comerciantes chineses nas diversas ilhas de Cabo Verde têm oferecido vários equipamentos, como máscaras e viseiras, e alimentos a várias instituições cabo-verdianas, para fazerem face aos efeitos do novo coronavírus.
Cabo Verde regista 230 casos acumulados de COVID-19, distribuídos pelas ilhas de Santiago (171), Boa Vista (56) e São Vicente (03).
No total, 44 pessoas já foram consideradas recuperadas pelas autoridades de saúde, sendo 34 na Boa Vista, todos os três em São Vicente e sete em Santiago.
Em todo o país, duas pessoas acabaram por morrer, na Praia e na Boa Vista, e dois turistas estrangeiros, também infetados, regressaram aos países de origem, totalizando por isso 188 casos activos em Cabo Verde.
A Praia, com casos diários da doença, que totalizam já 168 diagnosticados desde Março em 25 bairros da cidade, é o principal foco de preocupação das autoridades, por estar em situação de transmissão comunitária da COVID-19.