Este anúncio foi feito pelo presidente da autarquia, José Luís Santos, que esteve no bairro para explicar aos moradores as razões da suspensão deste projecto, que tinha como propósito possibilitar aos alunos o acesso às tele e rádio aulas, no âmbito do programa “aprendendo em casa”, durante o período da COVID-19.
É que, segundo o edil, este projecto, que visava também manter as pessoas dentro de casa durante o estado de emergência, tem “avultados custos” para os cofres da autarquia, que contribuiu semanalmente com cerca de quinhentos contos, durante cinco semanas, para que sete proprietários privados de geradores alargassem o fornecimento de energia no bairro, em mais cinco horas por dia.
“Depois de bater em várias portas chegamos à conclusão de que não temos mais condições para continuar a sustentar este projecto, então estamos aqui com mágoa para falar à população do bairro de Boa Esperança que vamos suspender este projecto porque os custos são avultados”, lamentou o José Luís Santos, pedindo que os munícipes façam contas a fim de analisar estes gastos da autarquia.
Entretanto, garantiu que não vai desistir de continuar à procura de meios para retomar este plano no bairro, que considera “querido e merecedor” de todo o esforço possível da parte do poder local, para que “se crie e se garanta melhores condições de vida” naquela localidade.
O presidente da câmara informou ainda que a pedido dos proprietários dos geradores, devido à necessidade de maior manutenção dos equipamentos e materiais, a câmara vai ajudá-los na aquisição de lubrificantes no montante de setenta e nove mil escudos.
Isto para que, sublinhou a mesma fonte, os geradores tenham mais anos de vida e na altura da retoma estarem em condições de trabalhar para levar este projecto “a bom porto”.
O presidente da Câmara Municipal da Boa Vista aproveitou para agradecer aos parceiros deste projecto, de entre eles o Governo, a Água e Energia de Boa Vista (AeB) e outras empresas como São José, Oásis e Dalte, que “ajudaram a assumir esta iniciativa”.