A vítima, segundo apontou na habitual conferência de imprensa o Director Nacional de Saúde, Artur Correia, "é uma idosa de 84 anos que já tinha outras complicações de saúde".
A salientar ainda o aparecimento de tês casos positivos em Santo Antão com Ribeira Grande, relativos a familiares de um outro que tinha sido detectado há alguns dias, salientou aquele responsável.
O Boletim Epidemiológico de hoje traz ainda um outro dado que se destaca: Mosteiros, no Fogo, registou 33 positivos, sendo o concelho com mais novos casos. Segue-se a Praia com 26 e Tarrafal, que além do óbito, registou 10 novos casos. O Sal e Ribeira Grande de Santiago têm dois novos casos de COVID-19, cada. Santa Catarina (Santiago) teve uma amostra positiva, bem como São Vicente.
Assim, no total entre 376 amostras processadas, somam-se 78 casos novos positivos.
Houve, entretanto, 37 doentes dados como recuperados (Praia 27, Ribeira Grande de Santiago 2, Santa Catarina 1, São Miguel 1, São Lourenço 3, Mosteiros 3)
Com esta actualização, o país passa a contabilizar 545 casos activos, 3460 casos recuperados, 41 óbitos, 2 transferidos, perfazendo um total de 4048 casos positivos acumulados.
Segundo apontou o Director Nacional de Saúde, 72% dos casos detectados são decorrente "de investigações epidemiológicas resultantes de casos positivos. Ou seja, são contactos directos e indirectos dos pacientes".
Com o início das aulas a aproximar-se, aumenta o risco de surgimento de novos casos. Artur Correia reconhece essa possibilidade mas defende que "as escolas têm de abrir".
"Hoje participamos numa reunião com o ministério da Saúde para a planificação do novo ano lectivo. Já sabemos que a nível internacional tem havido polémicas em relação ao início das aulas neste contexto de COVID, também em Cabo Verde representa um risco grande mas temos de preparar todas as medidas preventivas e protectoras para garantir a segurança sanitária nas aulas. É isso que se está a fazer. Eu defendo que as aulas devem iniciar, sim, mas com as medidas de segurança sanitária garantidas".
Também a época das chuvas levanta preocupações às autoridades de saúde, nomeadamente com a possibilidade de surgimento de doenças transmitidas por mosquitos como é o caso da dengue, zika ou malária.
"De facto o ministério [da saúde] tem em mãos uma série de problemas de saúde pública a que tem de fazer face", reconheceu Artur Correia. "Não é só a COVID e as doenças transmitidas por vectores fazem parte dessa lista e a que estamos atentos", destacou garantindo que "as medidas preventivas já foram e continuam a ser tomadas. Não esquecemos essas doenças".