Em comunicado, o Governo afirma que “já garantiu recursos para materializar” esse plano, através de um apoio de cinco milhões de dólares do Banco Mundial e mais 10 milhões de dólares angariados através de um programa da sub-região da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
“Cabo Verde vai adoptar o modelo padrão que vem sendo aplicado noutros países. Vamos garantir a vacinação de pelo menos 95% da população de risco na primeira fase”, lê-se no comunicado.
Essa priorização na vacinação em Cabo Vede começa pelos profissionais de saúde e pelas pessoas “com maior risco de ter a forma grave da covid-19”, e que, por isso, “poderão esgotar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde tal como está a acontecer em alguns países”.
A lista prioritária integra ainda os elementos da Polícia Nacional, da Proteção Civil e das Forças Armadas, “que estão na linha da frente”, segundo o Governo.
Mas também “as pessoas que trabalham no domínio do turismo, no sentido de dar mais segurança aos turistas”, sector que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde.
“O Governo de Cabo Verde está a seguir as melhores práticas internacionais para que o processo de vacinação dos cabo-verdianos decorra da melhor forma possível. Portanto, os profissionais de saúde vão ser os primeiros a serem vacinados em Cabo Verde, como tem sido em todo mundo”, lê-se ainda na nota.
O documento acrescenta que a mobilização para o acesso à vacina está a ser feita utilizando uma abordagem assente em três eixos. Nas vertentes comercial, político-diplomática e em colaboração com os parceiros internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Banco Mundial.
De acordo com o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, Cabo Verde conta ter acesso a uma vacina contra a covid-19 através da plataforma Covax – promovida pela OMS e pela Aliança para as Vacinas -, que deverá garantir doses para os grupos de maior risco, aproximadamente 20% da população do arquipélago.