Acusado de 14 crimes de ofensa e injúria contra os juízes do Supremo Tribunal de Justiça, Benfeito Mosso Ramos e Fátima Coronel, a defesa de Amadeu Oliveira e a juíza Ivanilda Varela não se entendem, já que o arguido insiste que a magistrada não tem competência para prosseguir com o seu julgamento.
Perante um recurso da defesa para o Tribunal de Relação de Sotavento, em que coloca em causa a legalidade da juíza Ivanilda Varela para a condução dos trabalhos, expulsão da audiência da sala e ordem de abandono dos advogados de defesa, a defesa de Amadeu Oliveira solicitou um interregno para analisar o processo.
Marcado por alguma contracção face às acusações entre a juíza e advogados de defesa de Amadeu Oliveira, o Tribunal decidiu pela suspensão dos trabalhos até quinta-feira, com os advogados indicados pelo arguido, uma vez que a defesa pretende reservar a quarta-feira para a consulta do processo.
Amadeu Oliveira continua a insistir que a juíza não tem condições para conduzir este julgamento, com a magistrada a deixar claro que a sua continuidade neste processo está condicionada à avaliação do Tribunal de Relação de Sotavento, isso é, se o despacho for favorável à defesa, a juíza abandona o processo, que regressa à estaca zero, caso contrário vai prosseguir com o julgamento.
Para além da questão da competência do quarto juízo , a defesa argumenta que a juíza tem processo de averiguação no Conselho Superior da Magistratura Judicial por violação de processo.