Em causa está um pedido de recurso ao requerimento para a suspensão do julgamento feito esta segunda feira porque a defesa e o próprio arguido consideram que a juíza Ivanilda Varela não tem condições para julgar esse caso.
Para além da questão da competência do quarto juízo crime, a defesa alega agora que a juíza tem um processo de averiguação no Conselho Superior da Magistratura Judicial por violação de processo.
A defesa manifestou a intenção de fazer esse recurso logo na sua primeira intervenção, mas a juíza entendeu por bem passar a palavra ao assistente, o que desagradou o arguido Amadeu Oliveira que protestou por várias vezes e acabou expulso da sala.
Perante a insistência da juíza de só voltar a dar a palavra à defesa para efeito de recurso depois de ouvir o assistente, os advogados de Amadeu Oliveira abandonaram a sala por considerarem que não há condições para prosseguir com o julgamento.
Na sequência o arguido foi novamente chamado à sala de audiência onde a juíza Ivanilda Varela o questionou se queria mudar de advogados, tendo este respondido que quer mudar de juíza e não continuar a ser julgado por uma juíza suspeita.
Devido ao barulho que se fez sentir na sala, a juíza ordenou a retirada de todos as pessoas que estavam na sala e reuniu com a defesa, os assistentes e o arguido.
O advogado Amadeu Oliveira é acusado de 14 crimes de ofensa e injúria contra os juízes do Supremo Tribunal de Justiça, Benfeito Mosso Ramos e Fátima Coronel.