De acordo com a Polícia Nacional (PN), através de comunicado, a detenção de Amadeu Oliveira ocorreu às 17h36, na sequência de um mandado do Ministério Público.
"O detido será entregue às instâncias judiciais nas primeiras horas desta segunda-feira, 19 de Julho, para o primeiro interrogatório", lê-se na nota da força policial.
Este sábado, Amadeu Oliveira já tinha sido ouvido pela Polícia Nacional, na cidade da Praia, saindo em liberdade.
“Esse sistema esta caduco e feito para me lixar, só o povo pode me salvar. Por isso, eu quero um julgamento público, com o povo na audiência, assistindo e me julgando, porque a justiça não é dos juízes, a justiça não é do PAICV, a justiça não é do MpD. A justiça é feita em nome e em representação do povo”, havia declarado antes de entrar nas instalações da PN, na capital.
A pedido da Procuradoria Geral da República, o deputado teve a sua imunidade parlamentar levantada pela Assembleia Nacional (com a sua própria anuência). O pedido surgiu a 1 de Julho, depois do alegado envolvimento de Oliveira num suposto plano de fuga para França de um seu constituinte, condenado por homicídio - com recursos pendentes - e a quem tinha sido aplicada a medida de coacção de prisão domiciliária, pelo Supremo Tribunal de Justiça. José Landim, Procurador Geral da República, classificou o caso de "ataque grave" ao sistema de justiça.
O tema passou pela primeira sessão plenária de Julho. “Tomei essa decisão [de preparar a fuga] em 18 de Junho. Em menos de dez dias já estava executada”, comentou Amadeu Oliveira, no parlamento.