Segundo o texto, publicado hoje, Cabo Verde contabilizou, no período entre 14 de Fevereiro (data em que foi registado o primeiro caso da doença no continente) e 31 de Dezembro do ano passado, 1973 casos por 100 mil habitantes sendo assim a taxa de incidência mais alta de todos os países da União Africana.
"Embora os números de casos e mortes em África tenham sido baixos em comparação com muitas outras partes do mundo, a análise a nível nacional revela taxas de incidência particularmente elevadas em alguns países, incluindo Cabo Verde, África do Sul, Líbia e Marrocos", destaca o estudo publicado naquela revista científica.
Cabo Verde registou, dentro do período abrangido pelo estudo, 113 mortes, teve uma taxa de letalidade de 1% e foram encontrados 11.840 casos de COVID-19.
Mas se a taxa de incidência foi elevada, também a taxa de recuperação atingiu valores alcançados por poucos países do continente africano. A The Lancet refere que, no período a que se refere o estudo, foram dados como recuperados um total de 11.559 doentes. Valor que coloca Cabo Verde num restrito grupo de países africanos a alcançar uma taxa de recuperação igual ou superior a 98%.
Além de Cabo Verde apenas cinco países tiveram uma taxa de recuperação idêntica: República Centro-Africana, Cabo Verde, Costa do Marfim, Djibuti, Gabão e Gana.
Os dados sobre Cabo Verde estão inserido num estudo sobre a COVID-19 em África que dá conta que o continente registou um aumento médio diário de 30% de infecções durante a segunda vaga da pandemia.
Leia o estudo partilhado pela The Lancet:
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