Os dois atletas, que iam apanhar o voo da TAP para Lisboa, depois de terem jogado, este domingo, no Estádio Adérito Sena, contra a selecção da Libéria, para apuramento ao Mundial de 2022, abandonaram o local do acidente, que provocou uma vítima mortal, antes da chegada das autoridades.
No Hospital Baptista de Sousa encontra-se internada, mas “estável”, uma outra vítima do acidente, o quarto ocupante da viatura.
Questionado sobre a atitude dos jogadores, Maurino Neves afirma que deverão ter saído do local devido ao estado de choque e garante que não sofrerão sanções.
“Não, porque muitas vezes, no estado de choque em que a pessoa se encontra, a decisão sobre o que fazer é complicada. Devem ter pensado em regressar à cidade para serem observados pelo médico da selecção”, nota.
Segundo o chefe da divisão de trânsito da Polícia Nacional, que cita a equipa médica da selecção nacional, clinicamente os jogadores “estão estáveis”.
Sobre as causas do acidente, Maurino Neves aponta para um despiste seguido de colisão com um táxi que seguia no mesmo trajecto cidade/aeroporto, motivado por uma velocidade “muito animada”.
“Falar de excesso de velocidade é um pouco complicado, porque tens que ter capacidade para medir o facto. Tendo em conta o estado da viatura, iam numa velocidade muito animada, isto em função do impacto e do estado em que ficou a viatura”, refere.
O internacional cabo-verdiano Dométio Spencer Gomes, mais conhecido por Dukinha, foi a vítima mortal do acidente de viação, ocorrido por volta das 5:30 desta madrugada, na estrada de São Pedro, em São Vicente.