Segundo a presidente do Sindicato dos Transportes, Comunicações e Administração Pública (Sintcap), Maria de Brito, a greve afectará todos os aeroportos internacionais e aeródromos do País, com início às 07:30 do dia 28 devendo terminar às 07:30 do dia 30 de Dezembro.
Em causa está a retirada de alguns direitos adquiridos ao ”longo de décadas”, nomeadamente o subsídio de férias, subsídio de Natal, bem como o adiamento da progressão profissional que deveria ocorrer em Janeiro de 2020, segundo a mesma fonte.
Perante estas reivindicações, a dirigente sindical contesta a forma como a administração vem lidando com os trabalhadores, impondo medidas, conforme sublinhou, que “impactam profundamente” a vida económica e financeira destes trabalhadores.
“Ao jeito quero, posso e mando. É preciso dizer que entre a ASA e os dois sindicatos, Sintcap e Sitthur, há um histórico de negociações riquíssimo, com excelentes ganhos para os trabalhadores e, não podemos permitir que isso mude”, frisou a sindicalista.
Maria de Brito sustentou que a decisão da greve advém do facto de os trabalhadores manifestaram “claramente” o seu descontentamento e decidiram dizer “basta às violações” dos seus direitos e garantias.
Na qualidade de porta-voz dos trabalhadores da ASA, Luís da Rocha Silva reiterou as razões da greve e disse que os colaboradores da ASA “já estão esgotados” com as medidas e comportamentos por parte do conselho de administração.
“Os trabalhadores estão conscientes do momento que vivemos e, estamos abertos ao diálogo, sendo certo que não é com tentativas de pôr em causa o trabalho dos nossos sindicatos que nos impedirão de exigir os nossos direitos”, concluiu, referindo que só em 2019 a empresa teve “mais de três milhões de contos” em lucros, e que no mês de Novembro passado os lucros foram os “mais conseguidos”.
“A nossa força será sempre a nossa união em torno dos objectivos comuns”, finalizou o porta-voz dos colaboradores da Empresa de Segurança Aérea.