Greve: Trabalhadores do INSP dispostos a lutar até conseguirem os seus direitos – Sintap

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,14 jul 2022 14:06

​O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) reafirmou hoje a disponibilidade dos trabalhadores do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) em continuar a acção de luta para exigir e conseguir os seus direitos.

Esta informação foi feita pelo secretário permanente do SINTAP, Luís Fortes, na Praia, durante o primeiro dia da greve de dois dias dos trabalhadores do INSP contra a não aprovação e implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).

“Esta greve foi decidida pelos trabalhadores porque há mais de oito anos que esta instituição [INSP] está sem os instrumentos de gestão. O conselho de administração deu conta de que os estatutos não estavam adequados a esta instituição desde 2020 e ainda não fizeram nada”, explicou o sindicalista.

Luís Fortes lembrou que há ano e meio que os trabalhadores e o sindicato têm “andado atrás” do conselho de administração para ver a possibilidade da aprovação dos estatutos e do PCCS, mas até hoje nada.

É neste sentido, que afirmou que os trabalhadores, cansados desta situação, decidiram fazer esta greve para poder exigir esses direitos, reforçando que os mesmos estão decididos em continuar a acção de luta, depois desta greve.

“Vamos fazer uma análise do seu impacto e depois, caso não haja respostas positivas, nós, portanto, os trabalhadores estão decididos em continuar, ou seja, fazer uma nova greve até conseguirem estes instrumentos que são fundamentais”, sublinhou.

O sindicalista afirmou que o INSP tem dito que tem oito trabalhadores, mas que, no entanto, pode-se constatar através desta greve, 14 a 15 pessoas, tendo realçado que a greve está com uma adesão de mais de 100 por cento (%).

“Porque eles não têm, digamos, nem o escrúpulo de dizer que esta instituição tem 33 trabalhadores em situação de precariedade, eles dizem isso abertamente”, disse, questionando como é que uma instituição com 33 pessoas em situação de precariedade, com funcionários que foram mobilizados de outras instituições, de outros ministérios, consegue funcionar.

Daí que defende ser “urgente” criar um quadro efectivo desta instituição para que se possa trabalhar em condições, mas também dar aos trabalhadores uma garantia de estabilidade na sua carreira.

Convidado a reagir sobre esta greve, o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, afirmou que o ministério está a acompanhar “com muita atenção” este “protesto legítimo”, até porque está-se num país democrático, apesar de todas as negociações que disse terem sido feitas entre as partes envolvidas.

“Estamos a trabalhar, eles sabem disso, não só o Ministério da Saúde, mas também a administração pública, os estatutos do INSP. Esperamos que em breve tenhamos já o quadro final, esse quadro final foi discutido e desde o início tem sido trabalhado com os trabalhadores”, reforçou.

A partir daí, com a aprovação dos estatutos, o ministro prometeu que irão avançar com o PCCS, pelo que considerou que está a seguir um processo normal, mas diz respeitar a decisão dos trabalhadores e que o ministério está aberto ao diálogo.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,14 jul 2022 14:06

Editado porAndre Amaral  em  2 abr 2023 23:27

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