A informação foi confirmada à Rádio Morabeza por João Spencer, após denúncia do secretário permanente do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), Carlos Bartolomeu.
“Há cerca de um ano que Santo Antão deixou de ter trabalho, principalmente na área de construção civil. E a Spencer Construções tinha vários grupos de pessoal de cofragem, de carpintaria e outras actividades associadas. Não tendo trabalho e termos já aguentado durante bastante tempo, decidimos ir para despedimento de grupos”, diz.
João Spencer diz que, nesta fase, o despedimento colectivo deve abranger mais de uma dezena de trabalhadores.
“Nós ainda não temos mais processos a decorrer. Mas em Santo Antão ainda temos excesso de pessoal. Isso não invalida que dentro de pouco tempo a gente venha a ter um segundo grupo a ser dispensado, porque não há actividade”, afirma.
A Spencer Construções & Imobiliária garante que os direitos dos trabalhadores serão garantidos.
Do lado do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA), o secretário permanente, Carlos Bartolomeu, não concorda com a forma como o processo está a decorrer e por isso os trabalhadores vão recorrer aos tribunais.
“Tivemos várias discussões, inclusive com a mediação da Direcção-Geral do Trabalho, mas não conseguimos chegar a acordo porque a empresa, através do seu director, tem uma atitude um pouco irredutível. Por isso, um grupo considerável de trabalhadores chegou à conclusão de que deveriam dar entrada de um processo junto dos tribunais. O processo já está pronto e estamos à espera da reabertura dos serviços judiciais”, afirma.
Carlos Bartolomeu acredita que os trabalhadores foram colocados na lista de despedimento colectivo por pertencerem ao sindicato que lidera.