Adriano Moreno, fez essa afirmação em declarações à Inforpress quando falava do processo de alfabetização em Cabo Verde, tendo na ocasião sublinhado que este é um processo de aprendizagem que assim como a escolar e extra-escolar tem merecido a mesma preocupação dos governantes.
Segundo o DNE a alfabetização nos homens ronda na actualidade os 93.1 % e nas mulheres 84.8%, tendo o meio urbano uma taxa de 91% e o meio rural 82% para ambos os sexos e com a idade compreendida entre os 15 e mais anos.
Entre os 15 e 24 anos a taxa de alfabetização, realçou, é de 99%, estando o meio urbano e rural equilibrados em termos de taxa.
Entretanto, reporta, que cerca de 11% de pessoas com mais idade estão por alfabetizar no País.
“Lá onde estiver uma pessoa que não seja alfabetizada nós colocamos lá pessoas para fazerem alfabetização. Neste momento, em todos os concelhos existe uma equipa de coordenação da educação de jovens e adultos”, disse lembrando que o ministério tem apoiado a alfabetização nas cadeias centrais de São Martinho (Praia) e de São Vicente.
Na cadeia da Praia, afirmou, que o ensino funciona até ao 10º ano de escolaridade e em São Vicente até o 8ºano. Além da cadeia, informou, que o Ministério da Educação tem recebido solicitações de igrejas para alfabetização dos seus seguidores.
Em Cabo Verde, segundo avançou, o Ministério da Educação tem tido a preocupação de alfabetizar todas as pessoas que necessitam desenvolver a habilidade de escrita e de leitura.
Em 2018 dados oficiais indicavam que uma taxa à volta de 92,5% de homens alfabetizados e de 82,8% mulheres.
Em Cabo Verde uma das preocupações iniciais das autoridades, desde a independência nacional, foi a alfabetização da população, tendo criado, em 1977, centros concelhios com círculos de cultura e actividades de alfabetização.
Na altura se perspectivou a redução da taxa de analfabetismo que era superior a 60% para 20% até 1990.
Não obstante o desafio não tenha sido cumprido na íntegra, conseguiu-se uma redução do analfabetismo para cerca de 30% e esse valor colocou Cabo Verde numa situação privilegiada a nível do continente africano, por ser a taxa mais baixa do continente.
Entre 1979 e 1990, foram alfabetizadas cerca de 51.112 pessoas, 58% das quais são mulheres.