Através de um comunicado de imprensa, o Ministério Público lembrou, este domingo, que por despacho do Procurador-Geral da República, de 12 de Dezembro de 2022, foi criada uma equipa de magistrados do Ministério Público e de elementos da Polícia Nacional e da Polícia Judiciária, designados pelas respetivas hierarquias, visando uma intervenção rápida para fazer face à onda de criminalidade que vinha assolando a cidade da Praia.
Relativamente aos autos de instrução cujos suspeitos, denunciados ou arguidos residem em Achada Santo António, no âmbito da investigação e na sequência da operação realizada em Dezembro de 2022 na mencionada localidade, foram realizadas várias diligências, na sequência das quais o Ministério Público ordenou a detenção, fora de flagrante delito, de 35 indivíduos e promoveu a emissão de mandados de busca e apreensão a várias residências, mais concretamente nas zonas do Brasil e de Achada Riba.
A mesma fonte refere que em causa estão factos suscetíveis de integrarem, por ora, a prática dos crimes de homicídio agravado, na forma tentada, quadrilha ou bando, roubo, furto qualificado, dano, ameaça de morte, arma e tráfico de droga, todos previstos e punidos pela legislação penal cabo-verdiana.
Assim, executados os mandados, numa operação conjunta da Polícia Nacional e da Polícia Judiciária, foram ainda detidos, em flagrante delito, cinco indivíduos suspeitos da prática de ilícitos criminais.
Submetidos ao primeiro interrogatório judicial de arguido detido dos 50 arguidos, foram prisão preventiva a 44 arguidos, incluindo aos 10 que já se encontravam nesta condição e deveres do estatuto processual de arguidos a seis arguidos.
“Os referidos processos, que continuam em investigação, permanecem em segredo de justiça”, lê-se.